Transtornos Alimentares

A Anorexia Nervosa e a Bulimia são transtornos alimentares comuns na sociedade.

A Anorexia Nervosa
A rigor, a palavra anorexia significa perda de apetite, o que pode ocorrer em diversas circunstâncias clínicas. Já o termo anorexia nervosa é o nome de uma doença do campo psiquiátrico em que o indivíduo desenvolve uma profunda perturbação da auto-imagem corporal e, por isso, se engaja numa insaciável e obsessiva busca por magreza, recusando-se a manter o peso corpóreo em um nível igual ou superior ao mínimo adequado à sua altura e idade..

É um transtorno mental que atinge predominantemente mulheres, geralmente com início durante a adolescência. Pacientes com anorexia nervosa geralmente recusam se alimentar junto com seus familiares ou em lugares públicos, pois assim podem ingerir quantidades mínimas de alimento. Além disso, ocorre o desenvolvimento de uma série de padrões compensatórios pela culpa de ter se alimentado, como a indução de vômitos, utilização de laxativos ou diuréticos, prática de exercícios físicos extenuantes. Em mulheres, já em estados mais avançados, observamos alterações orgânicas como amenorréia (interrupção da menstruação).

Diversas complicações clínicas gerais podem surgir nos quadros mais graves, como perda de musculatura cardíaca, arritmias, queda capilar e fragilidade de unhas, redução da imunidade por diminuição de células brancas no sangue, depressão apática, osteoporose, anormalidades eletrolíticas (alterações em sódio, potássio, magnésio, cálcio), erosão do esmalte dentário e convulsões.

O impacto social dessa enfermidade é marcante. Não apenas por causa do aspecto físico evidentemente debilitado que o paciente assume, mas também pelos repetidos episódios de fraqueza e desmaios por hipoglicemia, tornam o indivíduo freqüentemente incapaz de manter suas atividades diárias normais. Porém algumas vezes, a pessoa apesar do baixo peso, continua realizando suas tarefas cotidianas sem dificuldades ou até mesmo com maior disposição, o que dificulta nesses casos a procura por ajuda, uma vez que a pessoa não se sente doente.

Felizmente, existe tratamento para tal transtorno, que consiste em uma afinada abordagem multidisciplinar, onde o paciente deve ser acompanhado por médico clínico que avaliará e tratará as diferentes alterações orgânicas eventualmente presentes, médico psiquiatra que abordará o tratamento com uso de remédios, abordagem psicoterápica, em grupo ou individual, que deve ser realizada por psicólogos especializados, nutricionista para orientação da dieta e correção de “mitos” criados sobre os alimentos, endocrinologista no caso de alterações metabólicas graves . Tal tratamento é freqüentemente iniciado em ambulatórios especializados e em casos de maior gravidade é necessário internação hospitalar.

O tratamento por psicoterapia pode incluir enfoques comportamentais, cognitivos ou interpessoais e por vezes de vem ser continuados por tempo prolongado mesmo após a melhora do quadro mais intenso.

A Bulimia
O termo Bulimia Nervosa é utilizado para descrever um transtorno mental de ordem alimentar que é caracterizado pela presença de episódios de ingestão exagerada de alimentos (consumo de quantidade de comida definitivamente superior àquela que a maioria das pessoas comeria em um período similar), acompanhado pela sensação de perda do controle, culpa e vergonha. Tais episódios de voracidade geralmente são seguidos de métodos compensatórios purgativos, na tentativa de evitar o ganho de peso, como vômitos auto-induzidos, abuso de laxantes, diuréticos, períodos prolongados de jejum, excesso de atividade física, entre outros. Na Bulimia Nervosa, a pessoa geralmente mantém o peso dentro do limite de normalidade, o que a diferencia da Anorexia Nervosa. Ou seja, a linha divisória que separa a bulimia nervosa da anorexia nervosa pode ser muito tênue, havendo frequentemente a migração de um quadro ao outro no decorrer da evolução do Transtorno alimentar.

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